Para Gorz a idéia moderna de trabalho é contemporânea do capitalismo industrial. A indústria, como modo de produção, ganha relevo apenas no século XVIII. Até aí a “produção material” não estava, em seu conjunto, regida pela racionalidade econômica[99]. Mas, vários fatores foram decisivos para que a … [Leer más...] acerca de 2.2 A emergência da racionalidade econômica
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2.3 O trabalho como essência do homem
O século XVIII foi longe na concepção de trabalho ao caracterizá-lo como valor e fator de produção de riqueza e proporcionar, assim, os elementos estruturantes da nova natureza do trabalho, entendido modernamente como emprego. O século XIX, sobretudo, com Hegel e Marx, avança nesta concepção de trabalho, ao elevá-lo … [Leer más...] acerca de 2.3 O trabalho como essência do homem
2.4 Da libertação no trabalho para a libertação do trabalho: a evolução de Gorz
Dominique Méda, com o intuito de diferenciar os debates sobre o trabalho divide os escritos sobre o trabalho em duas grandes correntes: a corrente essencialista e a corrente historicista[158]. Estas correntes são retomadas posteriormente por Françoise Gollain[159] e Neutzling[160]. As duas correntes têm em comum a … [Leer más...] acerca de 2.4 Da libertação no trabalho para a libertação do trabalho: a evolução de Gorz
2.5 Questionamento de atributos relacionados ao conceito emprego
2.5.1 A impossível apropriação coletivaMas, quais são as principais razões que levaram Gorz a operar uma ruptura tão significativa no seu pensamento? Basicamente podem ser encontradas duas[175]: a revolução tecnológica e a impossibilidade do controle do processo de produção por parte dos operários, que está … [Leer más...] acerca de 2.5 Questionamento de atributos relacionados ao conceito emprego
2.6 O emprego: isso que se "tem" ou não se "tem"
Vimos acima que Gorz opera uma guinada no seu pensamento teórico a partir da segunda metade da década de 1970, consagrada em 1980 com a publicação de Adeus ao proletariado. Nesta segunda fase, Gorz dá especial atenção à redefinição da noção de trabalho. Na primeira fase, esta preocupação conceitual está fora dos … [Leer más...] acerca de 2.6 O emprego: isso que se "tem" ou não se "tem"
2.7 O trabalho: isso que se faz
A maior distância que Gorz toma do tempo moderno permite-lhe lançar novas luzes sobre a problemática conceitual do trabalho. O contato com a experiência grega aviva-lhe uma riqueza escondida pela moderna noção de trabalho. Assim, Gorz passa a pleitear uma outra noção de trabalho, como veremos agora. Uma entrevista de … [Leer más...] acerca de 2.7 O trabalho: isso que se faz
2.8 O fim do trabalho e a sua não centralidade
Vimos no primeiro capítulo que a sociedade salarial ou sociedade do trabalho está em crise. O emprego de tempo integral e para todos já não existe mais e o tempo em que o foi não voltará. No segundo capítulo definimos o conceito de emprego e de trabalho, delimitando dessa maneira, por um lado, sua abrangência e sua … [Leer más...] acerca de 2.8 O fim do trabalho e a sua não centralidade
3. Propostas para o êxodo da sociedade salarial
A trajetória feita até aqui nos permitiu alcançar dois objetivos: primeiro, caracterizar rapidamente a crise da sociedade do trabalho ou sociedade salarial. Segundo, conceituar o que entendemos por “emprego” e trabalho. Fomos guiados pela suspeita de que a crise do trabalho era, na verdade, a crise de um … [Leer más...] acerca de 3. Propostas para o êxodo da sociedade salarial
3.1 Para além da lógica mercantil – rumo a uma economia plural
Nosso tempo vive sob a ditadura do mercado, do mercado auto-regulável. Sua dinâmica e voracidade em ampliar seu leque de influência foram analisadas por inúmeros estudiosos, bem como as conseqüências nefastas de sua impostura. Sua originalidade consiste em não deixar sobreviver nenhuma esfera (política, intelectual, … [Leer más...] acerca de 3.1 Para além da lógica mercantil – rumo a uma economia plural
3.2 Redução do tempo de trabalho e nova cultura do tempo livre
A luta pela redução do tempo de trabalho está inscrita na luta histórica da classe operária por melhores condições de vida. Reduzir o tempo de trabalho sempre soou como arrancar do domínio do capital a vida que pertence a cada trabalhador. A classe operária, através da organização sindical, tem conseguido fazer com … [Leer más...] acerca de 3.2 Redução do tempo de trabalho e nova cultura do tempo livre
3.3 Mínimo vital universal e suficiente
Não basta distribuir eqüitativamente o trabalho entre todos. Na atual fase do capitalismo é preciso distribuir também entre todos as riquezas socialmente produzidas com cada vez menos trabalho[343]. Gorz torna-se partidário da renda básica na sua segunda fase, mais precisamente em 1983, com “Les chemins du … [Leer más...] acerca de 3.3 Mínimo vital universal e suficiente
3.4 Mudança política e cultural
Evidentemente que com tudo o que vimos até aqui, o que está em jogo não são aspectos meramente pontuais que podem ser desencaixados e reencaixados sem que afetem o conjunto da sociedade. Somos da tese de que a mudança da sociedade passa pela mudança do lugar que o trabalho ocupa na vida das pessoas e da sociedade. … [Leer más...] acerca de 3.4 Mudança política e cultural